sexta-feira, 30 de abril de 2010
Sarau Brasília 50 anos
ONTEM, QUINTA, OCORREU O 37º SARAU DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
REALIZADO NA BIBLIOTECA DEMONSTRATIVA DE BRASÍLIA NA 506/507 W3 SUL.
UMA VERDADEIRA FESTA AOS 50 ANOS DE BRASÍLIA, NUMA PROPOSTA DE 50 POETAS CANDANGOS (ou que se fizeram candangos por força do amor aos nossos eixos e satélites)SAUDAR A CAPITAL NUM SARAU DIVERTIDO.
A IDÉIA E ORGANIZAÇÃO ESTAVA A ENCARGO DO GRANDE ESCRITOR E CRIADOR DO SARAU DA CÂMARA: MARCO ANTUNES
ALÉM DOS ESCRITORES, O SARAU CONTOU COM MÚSICOS DA CIDADE QUE HOMENAGEARAM NOSSAS MAIS REPRESENTATIVAS TRADIÇÕES MUSICAIS: OSWALDO MONTENEGRO, RENATO RUSSO E CAPITAL INICIAL.
NA OPORTUNIDADE FOI REALIZADO UM JOGRAL ONDE OS ESCRITORES: ROBERTO KLOTZ, ALEXANDRA RODRIGUES, ISOLDA MARINHO E JEANNE MAZ HOMENAGEARAM O GRANDE POETA DA NOITE, NICOLAS BEHR, QUE LANÇAVA DOIS LIVROS NA OCASIÃO.
MAS O PONTO ALTO DA NOITE FOI QUANDO O GRUPO "LIGA TRIPA" ENTROU NO MEIO DA PLATÉIA, COM INSTRUMENTOS MUSICAIS E SEM MICROFONE CANTOU SEUS CANTOS QUE MAIS REPRESENTAM A ALMA DE BRASÍLIA.
E MAIS EMOCIONANTE FOI CANTAR NOSSO "QUASE HINO":
"nossa senhora do cerrado,
protetora dos pedestres
que atravessam o eixão
às seis horas da tarde,
fazei com que eu chegue
são e salvo na casa da noélia,
nonô, nonô, nonô, ô,ô,ô,ô,ô..."
E NUMA CONJUNÇÃO ASTRAL RARA, DESSAS DE FAZER INVEJA A QUEM NÃO PODE PRESTIGIAR, ESTAVAM JUNTOS NESTE MESMO ESPAÇO-TEMPO O AUTOR DA POESIA-MÚSICA: NICOLAS BEHR,
A NOÉLIA RIBEIRO (NONÔ) QUE INSPIROU A LETRA
E O GRUPO CANTANDO A VERSÃO QUE IMORTALIZOU...
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Uma semana de poesia
Ontem oficialmente começou a Semana dos Saraus Poéticos deste abril brasiliense e a poesia incansável percorrerá as asas e lagos de Brasília, do norte ao sul.
O chute inicial foi na Asa Norte, que se fez presente no Sarau Terça (In) Verso, no café da Rua 8.E além do aniversário de Brasília comemorávamos o aniversário do poeta Jorge Luiz Vargas e a festa foi o guia da noite.
Mas o brinde mesmo só pode ser feito com poesia. Deixo então uma poesia do poeta aniversariante que casa com o momento, com a noite estrelada e com a alma dos poetas...
CONTANDO ESTRELAS
(Jorge Luiz Vargas)
Quando sinto saudades
Sigo com meus olhos o céu
E conto as estrelas
Que me contam de você
Todas elas me lembram nossa história
Retornam detalhes do que vivi
E de tudo o que me fez sonhar
Levados no encanto de te amar
As estrelas me mostram
Que tenho muito que viver
Sonhar... E lá no céu
Dividir meu amor com você
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Brasília cara a cara
Dia 15 de abril foi a abertura no
Teatro Nacional Cláudio Santoro - Brasília
da exposição:
" A Cara de Brasília "
A mostra, que objetiva mostrar através das
artes visuais a nossa Brasília, ficará
exposta até 30 de abril.
Fiz-me presente com esta obra:
Brasília 50 anos: "Mesmo com controle nossos anjos voam"
Brasília 50 anos
Aniversário de 50 anos de Brasília é impossível fingir de morto, mesmo
quando a politicagem desvirtuosa ofuscou o brilho da festa.
Da maneira que sei melhor presenteio minha terra com uma poesia
que tem o lastro da minha terra natal - e nosso Manuel Bandeira - mas que é um canto de amor à cidade que adotei como minha:
MINHA BRASÁRGADA
Nas esquinas ausentes
procuro esta menina
e quadras pareadas
de ruas paralelas
de paralelepípedos verticais
de velocidade controlada
Mesmo sem amizade do rei
procuro esta dama
A Brasília dos ipês
Das misturas de credos
dos matizes cantados
do céu mescladamente ímpar
das tribos que se unem
da força do concreto
da vias arborizadas
Quero-te grandiosa,
Selvagem,
mística
sempre assim
Repleta de possibilidades
Senhora de mim
Jeanne Maz
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terça-feira, 20 de abril de 2010
Pirenópolis e seus oito dragões
Estive em Pirenópolis (GO) nesta última semana santa e fui tocada por um passeio especial: as Cachoeiras dos Dragões que ficam dentro do mosteiro zen. A idéia partiu dos meus filhos de desvendar passeios novos a cada viagem.
A trilha, claro, é um Jardim Zen e como cartão de visitas inicial fomos saudados pela "polliana", a flor amarela, símbolo da cidade. A flor como quase toda vegetação deste lugar é rupestre, ou seja, nasce em rochas, encostas, pedras e mesmo assim encanta pela vivacidade e pela delicadeza.
As cachoeiras são descritas simbolicamente como o caminho filosófico do Treinamento Zen. Descrevo conforme entendi do guia e absorvi do local, sem compromisso com a veracidade já que não tenho autoridade para explicar essa cultura e filosofia.
Vamos então às cachoeiras e seus ensinamentos:
2ºDragão Azul: É uma cachoeira com penhasco. O dragão está escondido na sua caverna e para penetrá-la há de ser com sacrifício, se faz necessário ter coragem de ver o sofrimento de frente.
3º Pérola do Dragão: A pérola está escondida em águas profundas, não se vê o fundo e há necessidade de um grande mergulho no escuro para encontrar a riqueza desta pérola negra, rara, preciosa. Este é o contato com seu eu mais escondido, mais doloroso, mais submerso.
4º Nuvens do Dragão: Após o contato com sofrimento e o mergulho no seu eu mais escuro, com a pérola em mãos o dragão se lança aos céus. Mas neste vôo lhe chegam as nuvens, que representam o caos liberado por todo esse caminho de descobertas.
5º Dragão Verdadeiro: Depois de toda estrada percorrida você fala, estuda, medita em busca de ser um dragão. No entanto quando o verdadeiro dragão chega é assustador, inquietante, mas não exige justificativa. Como diz o Monge Tokuda, mestre e fundador do espaço: “é hora de aceitar o susto calado”.
6º Dragão Voador: Corresponde ao vôo do dragão após ter contato com seu dragão verdadeiro ele está pronto para voar aos céus. Neste momento ele voa livre e sem medo. Abro uma observação: esta é a cachoeira mais linda do local. Que maravilha é poder voar!!!
7º Dragão do Céu: É quando ele já realizado saí do mosteiro e começa a usar sua força na comunidade. É somente no seu trabalho árduo, persistente e diário que ele chega aos céus.
8º Rei dos Dragões: Uma cachoeira de vários planos onde ficam os urubus-reis no fim da tarde. O rei dos dragões é o guardião do lugar, responsável por manter a sabedoria de todo mosteiro, de toda filosofia zen. De todos os dragões...
Meus filhos adoraram imensamente o passeio e as histórias do local. Combinamos um dia fazer o retiro zen para entrar em contato com nossos dragões interiores.
Breno, meu caçula, mostrou interesse maior. Nada a se estranhar em alguém vegetariano, defensor dos animais, e que tem como paixão uma coleção de dragões que preenche todo seu quarto.
Confesso que depois desse passeio deslumbrante ainda estou aqui magicando sobre esses dragões...
Texto de Jeanne Maz
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