quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sobre descobertas


Algo pessoal,

Até pouco tempo atrás acreditava - muito mais por crença íntima, que por constatação real - que tudo relacionado a trabalho, estudos, amigos e viagens seria um sucesso. Mas por uma lei própria compensatória o que se relacionava a saúde e relacionamentos amorosos viria sob um véu estropiado.
Assim pensei, assim se deu...

Como aqui não cabe boletim de ocorrência não falarei das vinte e sete cirurgias que me submeti. E a sequência de desastres amorosos não é meritória de nota.

Porém desilusão amorosa sempre está em voga, segue uma poesia de 2006 que exprime isso e me escusarei de explicar mais ...


AOS HOMENS DA MINHA VIDA
(reais e imaginários)

Mesmo sem querer,
vez por outra te encontro,
numa esquina da mente,
cheirando a guardado,
atrás de um ponto,
sem lugar marcado

Te percebo no gesto ou palavra
que originado de outros,
não tem mais tua magia
Te sinto também, naqueles dias
em que a nossa música
ganha alma própria
e a melancolia
se apossa de mim

Encontro, ainda, no cheiro
que ficou no meu corpo,
por muito, muito tempo,
e se escondeu num sótão
para me atormentar
nos dias de faxina

Queria ter ficado contigo
Para sempre!!!
Mas, em algum dia, por alguma razão,
não tivestes força de me segurar
Então me perdi de mim...
E tive que ir atrás

E foi para continuar sendo eu
que deixei de ser nós
E foi para continuar sendo eu
Que fui pra não voltar



Bem,
A vida rodou principalmente depois que revi meus paradigmas.
- A saúde? Vai muito bem agora.
- E o amor? Agora creio ter encontrado do meu lado o que procurei tão distante... essa poesia é uma continuação da outra e foi feita para o melhor amigo de vários anos, para o companheiro dos últimos meses, para o amor de agora...


AO SOL DA MINHA LUA
(Para meu homem pré-histórico)

Em teus braços
esqueço todas as regras
Tiro a máscara de visita
deixo do lado de fora a fera
Descanso garras e armas
dispo-me das tintas de guerra
Guardo o escudo protetor
misturo-me às cores da terra


Indomavelmente sucumbida
permito-me ser fraca, carente
ingênua lua sorrindo
dou adeus a títulos, direção
Viajo completamente nua
Exorcizo competição
Entrego-me ao eu que me dás
reconheço-me em tuas mãos


Sou fracasso e sucesso
no mesmo lado da moeda
não tenho medo de perder
Sou o que teus olhos refletem
No outro lado és tu
incansavelmente confuso
paradoxalmente seguro
meu horizonte a correr

Em teus braços posso ser eu
Sem medo de me perder...

04.11.2008

4 comentários:

Toque de Mel disse...

Jeanne,
Você voltou com tudo! Com toda a emoção, carisma, encanto, poesia.
Frequentarei aqui com muita assiduidade. Sempre poderei como um beija-flor vir sorver um pouco do perfume ou néctar do seu delicioso texto.
Um beijo
de sua amiga de caminhada
Rai

Donna Traquitana disse...

Jeanne como eu te conheço amiga e tenho o maior orgulho de compartilhar essa amizade com essa pessoa linda que és. Você está se superando a cada dia!!!
Vi a Jeanne desnuda por essas linhas afora.
Beijão e te aaaaamo
Danibros

Donna Traquitana disse...

Coloquei fotos da barriga no orkut.
Vai lá ver seu sobrinho Pietro.
Bjks
Danibros
Esse blog ainda está em construção sem data para ir ao ar.

Marina Pullen disse...

Primeira vez q passo por aqui e amei! Espero que cumpra a promessa ateh 2109!
Parabens