terça-feira, 2 de março de 2010

Um poema rupestre



Assim como o relógio caminha com as horas, passaram-se os dias em Teresina: as festas do fim de ano, as férias , as farras de janeiro na Casa da Ponte, o carnaval...

Este ano iniciou-se com intensidade de programações, infelizmente porém, e diretamente proporcional a isso, é a carência do tempo para postar nos blogs, responder mensagens, sair da toca...

Mas continuei com as poesias e elaboração de arte visual, para provar isso deixo um poema meu que recitei no Sarau da Aldemita e da Casa da Ponte:

HOMEM PRÉ-HISTÓRICO


Em teus braços
esqueço todas as regras
Tiro a máscara de visita
deixo do lado de fora a fera
Guardo o escudo protetor
misturo-me às cores da terra
Descanso garras e armas
dispo-me das tintas de guerra

Indomavelmente sucumbida
permito-me ser fraca, carente
ingênua lua sorrindo
Dou adeus a títulos, direção
Viajo completamente nua
Exorcizo competição
Entrego-me ao "eu" que me dás
reconheço-me em tuas mãos

Sou fracasso e sucesso
no mesmo lado da moeda
não tenho medo de perder
Sou o que teus olhos refletem
No outro lado és tu
incansavelmente confuso
paradoxalmente seguro
meu horizonte a correr

Em teus braços posso ser eu
Sem medo de me perder...


Jeanne Maz. Fevereiro/2010

Um comentário:

Joao vitor disse...

CARA MUITO LOCO ESSE POEMA ! VALEUUU